A hora se aproximava. Conversávamos ali, à beira da estrada, sobre as mágoas que queriam ficar, sobre o porvir, sobre a nova vida: do campo para a cidade. Começava doer saber que não amanheceria naquele recanto, que toda uma vida ali seria deixada para trás, que naquele momento eu sentia necessidade de crescer e de deixar de ser criança. O sol daquele dia começava a levar tudo aquilo. E eu não percebia. Eu estava no olho do processo.
SANTOS, Marlon. Depois que o sol entrou. In: Das flores ao esquecimento. Ed. Kelps: Goiânia, 2023, p. 77-78.
No trecho “Eu estava no olho do processo”, a expressão destacada significa que o personagem