Filosofia no ENEM

O limite da amplitude dos prazeres é a supressão de tudo que provoca dor. Onde estiver o prazer, e durante o tempo em que ele ali permanecer, não haverá lugar para a dor corporal ou o sofrimento mental, juntos ou separados.

Essa máxima de um pensador da antiguidade grega é síntese do pensamento de uma escola filosófica que procurava a felicidade no desfrutar dos prazeres. Essa escola é conhecida como:

• Classicismo

• Cinismo

• Epicurismo

• Pirronismo

• Eleatismo

Do que se disse dependem também as mudanças, pois se alguém se conduz com cautela e paciência, e os tempos e as coisas lhe favorecem, seu governo é bom e há felicidade; mas se os tempos e as coisas mudam, se arruína, por que não alterou o modo de proceder. (Maquiavel-O Príncipe).

O pensador italiano Maquiavel estabeleceu em O Príncipe, obra publicada em 1513, princípios da filosofia política moderna. Nesse livro fazia constantes exortações à conduta do governante para assegurar o bem comum, a paz e a felicidade dos governados. No trecho citado, Maquiavel está afirmando que:

• O governante deve sempre agir com cautela e paciência, a despeito de quaisquer circunstâncias.

• Adversidades sempre acontecerão caso o príncipe aja com cautela e paciência.

• A conduta política do governante deve ser estabelecida antes de sua subida ao trono, de modo a não causar surpresas e atentar à felicidade dos governados.

• O governante nada pode fazer diante das adversidades e somente age na prosperidade.

• É necessário ao governante agir em conformidade com a situação para garantir o bem comum.

A dúvida é um passo importante para o conhecimento, desde que seja a dúvida filosófica, ou dúvida metódica, aquela que acarreta a suspensão do juízo acerca de determinada questão. Ela se distingue da dúvida trivial, que é apenas a incerteza quanto aos resultados futuros de uma ação ou evento. Assinale a alternativa que apresenta uma dúvida em sentido filosófico.

• O atraso da chuva gera dúvida quanto à safra de milho.

• Felipe é dúvida para o jogo de domingo.

• Cotação do dólar ao fim do ano ainda é dúvida.

• Filme põe em dúvida distinção entre o público e o privado.

• Candidato derrotado coloca em dúvida execução das propostas do adversário.

Sócrates: E estaremos nós, meu amigo, ainda em estado de gravidez e de dores de parto, no que concerne ao conhecimento, ou já se deu à luz a tudo?

Teeteto: Sim, ainda estamos, e por Zeus, Sócrates, por sua ajuda eu disse mais coisas do que havia em mim. (Platão-Teeteto e Crátilo)

O espanto do jovem Teeteto advém do emprego que Sócrates faz da Maiêutica, seu método filosófico por excelência. Esse método consiste basicamente em:

• Enunciar listas de atributos de objetos, que devem ser memorizadas pelo discípulo.

• Estabelecer por meio de perguntas e respostas, juízos mais completos sobre as coisas e conceitos.

• Negar todo o conhecimento que advém da especulação filosófica.

• Praticar a chamada regressão, que consistia em retomar as primeiras percepções do mundo, logo após o nascimento, como fonte da verdade.

• Fiar-se apenas nas sensações imediatas acerca dos objetos e fenômenos.

É evidente que a cidade faz parte das coisas naturais, e que o homem é por natureza um animal político. E aquele que por natureza, e não apenas por acidente, se encontra fora da cidade ou é um ser degradado ou um ser acima dos homens, segundo Homero (Ilíada, IX, 63) denuncia, tratando-se de alguém: sem linhagem, sem lei, sem lar. (Aristóteles-Política).

A concepção de que o homem é um animal político, em Aristóteles, estabelece que:

• A vida em sociedade é algo artificial, fruto de mútuo acordo entre os cidadãos que compõe a pólis.

• A cidade é o domínio onde impera a lei do mais forte, decidida arbitrariamente.

• A justiça é atingida na pólis pelo governo dos sábios, que conhecem a justiça e podem efetuá-la.

• A monarquia é o regime de governo ideal, capaz de refrear movimentos contestatórios.

• A política é intrínseca ao ser humano, sendo a cidade o local onde ele realiza sua virtude.

O argumento de Descartes sobre a separabilidade absoluta de mim mesmo, de minha mente e corpo, é que tenho uma ideia clara e separada de mim mesmo como coisa pensante e outra do corpo como uma coisa com extensão. Tudo o que clara e separadamente concebo pode ser produzido por Deus exatamente como o concebo e isto é suficiente para demonstrar que se eu, clara e separadamente, concebo-as como diferentes, elas são diferentes. (HAMLYN, D. Uma História da Filosofia Ocidental)

A posição de Descartes, e de muitos que o sucederam, a respeito da separação entre a coisa pensante e a extensão (matéria) ficou conhecida como:

• Separacionismo

• Substancialidade

• Dualismo

• Monismo

• Diferencionalismo

Em suma, a covardia, a temeridade e a bravura relacionam-se com os mesmos objetos, mas revelam disposições diferentes para com eles, pois as duas primeiras vão ao excesso ou ficam aquém da medida, ao passo que a terceira mantém-se na posição mediana, que é a posição correta. (Aristóteles- Ética a Nicômaco)

Quanto à conduta ética, a postura de Aristóteles caracterizava-se:

• Pela opção por uma virtude intermediária entre outras duas, uma vez que um homem por demais virtuoso seria motivo de inveja e temor pelos concidadãos.

• Pela descrição dos hábitos humanos como virtuosos, mas somente até que as circunstâncias exijam a adoção de vícios.

• Pela separação entre comportamentos público e privado.

• Por supor a dialética entre uma virtude e um vício como impulso para um novo vício, a ser corrigido por uma virtude e assim por diante.

• Pela virtude no meio-termo entre dois excessos, tidos como vícios.