Leia o texto abaixo.
Onde o vento se escondeu
Meu pai brinca comigo quase todo dia. Às vezes é só brincadeira em casa mesmo. Ele me joga para cima, aperta minha barriga e faz muitas caras engraçadas. [...]
Ontem ele chegou do trabalho mais cedo. E trouxe uma pipa enorme. Ela parecia um morcego com olhos gigantes. Foi a pipa que eu pedi. E fomos nós soltar a pipa lá no campinho. [...]
Lá no campinho, eu segurei a pipa com minhas mãozinhas enquanto meu pai se afastava desenrolando a linha. Ele ficou lá longe e falou para eu só soltar a pipa quando ele mandasse. Ficamos assim, parados, um tempão. Eu vi que ele olhava para o céu e para as árvores toda hora. “Pai, corre”, eu gritei. Ele disse que estava esperando o vento chegar. Mas o vento não vinha. Cansei e baixei a pipa. [...] Ele enrolou a linha e veio até mim com um sorriso na boca. “Por que você tá rindo, pai?”, eu perguntei. “O vento sumiu, tá escondido, vamos procurar onde ele está.” Aquilo me deixou muito feliz, ele pegou na minha mão, eu segurei na mão dele e fomos embora atrás do vento, brincando e rindo como se o mundo fosse todo nosso. [...]
PIRES, Olisomar. Onde o vento se escondeu. In: Recanto das Letras. 2022. Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br/contosinfantis/7469206>.
Nesse texto, as palavras destacadas “e”, “ontem”, “lá”, “mas”, “muito”, “como” foram usadas para indicar, respectivamente,