Quizz – Questões sobre 'Aranha, a artista'

Com base no pensamento de T.H. Marshall, que compreende a cidadania como composta por direitos civis, políticos e sociais, assinale a alternativa CORRETA sobre a cidadania da protagonista no conto 'Aranha, a artista'.

• Ela exerce plenamente seus direitos civis, como proteção contra violência e direito à propriedade.

• A cidadania da protagonista está comprometida, pois seus direitos civis e sociais são violados.

• A narrativa mostra que a cidadania está limitada apenas pela ausência de direitos políticos.

• A aldeia representa um exemplo de cidadania plena, com garantias legais para todos.

• A cidadania da personagem é garantida apenas pela presença de um violão herdado.

A necropolítica, conceito desenvolvido por Achille Mbembe, refere-se ao poder que o Estado e outras instituições exercem ao decidir quem deve viver e quem pode morrer. Para Mbembe, a soberania moderna se expressa não apenas pelo controle da vida (como dizia Michel Foucault), mas sobretudo pelo controle da morte — isto é, pela exposição de populações inteiras à violência, ao abandono, à miséria e à morte lenta. Considerando essa teoria, assinale a alternativa INCORRETA sobre os Zumbis no conto.

• Os Zumbis são programados para proteger a população e promover direitos humanos.

• A atuação dos Zumbis reflete uma forma de necropolítica, pois controlam a vida nas periferias.

• A presença dos Zumbis denuncia um Estado que terceiriza a morte para proteger interesses econômicos.

• A violência seletiva dos Zumbis revela a marginalização dos habitantes da aldeia.

• A figura dos Zumbis ilustra como a tecnologia pode ser usada como forma de dominação.

Frantz Fanon explicava que o colonialismo não dominava só os corpos, mas também as mentes. Os povos colonizados eram levados a acreditar que sua língua, sua cultura e até sua aparência eram inferiores às do colonizador. Isso causava sofrimento psicológico e vergonha da própria identidade. Para Fanon, a verdadeira libertação só aconteceria quando os colonizados se revoltassem, recuperassem o orgulho de quem são e lutassem para construir uma sociedade livre, sem opressão. Assinale a alternativa CORRETA que expressa essa lógica no conto.

• As empresas petrolíferas investem em saúde e educação nas aldeias.

• A extração de petróleo gera desenvolvimento para a aldeia da protagonista.

• A destruição ambiental e a vigilância são formas de dominação colonial atualizadas.

• Os moradores se beneficiam com a presença das companhias internacionais.

• A aldeia é exemplo de soberania local frente às multinacionais.

Michel Foucault explicava que o poder moderno não precisa usar a força o tempo todo. Em vez disso, ele age de forma invisível, controlando os corpos por meio da vigilância, das regras e da organização dos espaços. É o que ele chamava de poder disciplinar: um tipo de poder que ensina as pessoas a se comportarem “direito” por medo de serem observadas, punidas ou julgadas. Qual alternativa INCORRETA sobre essa dinâmica no conto?

• A aldeia é vigiada constantemente pelos Zumbis, que monitoram o acesso aos recursos.

• Os Zumbis representam mecanismos de poder que disciplinam o comportamento dos habitantes.

• A vigilância tecnológica é uma ferramenta de liberdade e emancipação local.

• A ameaça constante dos Zumbis regula a movimentação e a vida das pessoas.

• A vigilância reforça o controle do Estado sobre os territórios explorados.

Artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948):
“Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.”

Esse artigo é um dos mais importantes, pois estabelece a base para todos os demais direitos — sem vida e liberdade, os outros direitos perdem sentido. Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), todos têm direito à vida, liberdade e segurança pessoal. Com base nisso, assinale a alternativa CORRETA sobre a situação dos moradores da aldeia.

• A) A população tem acesso aos direitos fundamentais garantidos pela Constituição local.

• B) A liberdade é promovida através da vigilância feita pelos Zumbis.

• C) O direito à vida é assegurado pela presença de robôs protetores.

• D) A segurança pessoal dos habitantes é constantemente violada por estruturas de opressão.

• E) A aldeia é protegida por políticas públicas eficientes.

Max Weber, sociólogo alemão, afirmou que o Estado moderno é a instituição que detém o monopólio legítimo da violência. Isso significa que só o Estado tem o direito de usar a força física — como a polícia ou o exército — para manter a ordem, aplicar leis e proteger a sociedade, desde que esse uso seja legal e aceito pela população. Com base no pensamento de Weber sobre o monopólio legítimo da violência pelo Estado, assinale a alternativa INCORRETA sobre a atuação do governo na narrativa.

• O Estado delega o uso da força para proteger as comunidades locais.

• O monopólio da violência é utilizado para reprimir qualquer tentativa de apropriação dos recursos.

• A atuação do Estado visa proteger os interesses das empresas extrativistas.

• A violência exercida pelos Zumbis é uma forma de controle territorial.

• O governo age para impedir que os moradores acessem os recursos naturais.

T.H. Marshall foi um sociólogo britânico que dividiu a cidadania em três tipos de direitos:

1. Direitos civis – como a liberdade de expressão e o direito à justiça;

2. Direitos políticos – como votar e ser votado;

3. Direitos sociais – como acesso à saúde, educação, moradia, trabalho e bem-estar. A teoria da cidadania de T.H. Marshall considera os direitos sociais como essenciais. Assinale a alternativa CORRETA em relação ao acesso da protagonista a esses direitos.

• A protagonista usufrui plenamente de seus direitos sociais e econômicos.

• A precariedade do ambiente demonstra ausência de direitos sociais básicos.

• O acesso à saúde é promovido pelas companhias de petróleo.

Artigo 1º da DUDH (1948):
“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.” A dignidade humana é o primeiro princípio da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assinale a alternativa INCORRETA em relação a esse princípio no conto.

• A) A dignidade da protagonista é negada pelas agressões sofridas no lar.

• B) A presença dos Zumbis reforça a violação da dignidade dos moradores.

• C) A exploração econômica e ambiental contribui para a negação da dignidade.

• D) A atuação do Estado promove a dignidade dos habitantes da aldeia.

• E) A dignidade é ameaçada pela ausência de políticas públicas.

No conto, o violão da protagonista simboliza sua resistência cultural. Qual das alternativas CORRETAS melhor expressa esse símbolo à luz dos direitos culturais?

• O violão é apenas um objeto sem valor político ou cultural.

• A música representa a submissão da personagem à cultura dominante.

• O uso do violão marca o exercício da liberdade cultural da personagem.

• O violão é um instrumento que reforça o papel de opressão masculina.

• A música é vista como uma prática retrógrada pelas corporações.

A solidariedade é um dos princípios fundamentais dos Direitos Humanos contemporâneos, especialmente reconhecido nas chamadas “terceira geração” ou “direitos de solidariedade”, que incluem:

• o direito ao desenvolvimento,

• à paz,

• à proteção ambiental

• e à cooperação entre povos e nações.

Esse princípio é defendido por diversos estudiosos, que afirmam que esses direitos só podem ser garantidos por meio de ações conjuntas entre Estados, organizações internacionais, empresas e a sociedade civil. A solidariedade é um princípio dos direitos humanos que exige ações cooperativas entre Estado, empresas e cidadãos. Assinale a alternativa INCORRETA sobre esse princípio no conto.

• As companhias de petróleo atuam em benefício das comunidades locais.

• A atuação estatal e empresarial desconsidera os impactos sociais e ambientais.

• Os moradores não têm acesso aos lucros gerados pela extração de petróleo.

• O conto denuncia a ausência de políticas solidárias e redistributivas.

• A destruição ambiental é reflexo da negligência das empresas.