Revisão para a Prova Paraná de Sociologia

1. (ENEM – Sociologia)
   Émile Durkheim, considerado um dos fundadores da Sociologia, propôs uma abordagem científica para o estudo da sociedade. Um de seus principais conceitos é o de fato social, definido como toda maneira de agir, pensar ou sentir que é exterior ao indivíduo, dotada de um poder coercitivo pelo qual se impõe a ele. Esses fatos são reconhecidos por sua generalidade na sociedade e pela força que exercem sobre os comportamentos individuais.

Com base na teoria de Durkheim, qual das alternativas melhor exemplifica um fato social?

• A decisão de um indivíduo abandonar a escola para trabalhar, motivada por vontade pessoal de independência financeira.

• A prática do cumprimento com aperto de mãos ao encontrar alguém, comum em determinada cultura, mesmo sem que todos concordem com seu valor.

• A escolha de um jovem por um estilo musical pouco conhecido, como forma de expressar sua singularidade.

• O sentimento íntimo e subjetivo de felicidade ao alcançar uma meta pessoal, como correr uma maratona.

• A recusa voluntária de seguir normas sociais por parte de um grupo específico, com base em ideologias individuais.

3. (ENEM – Sociologia)
   Para Durkheim, os fatos sociais não apenas existem independentemente dos indivíduos, mas também impõem-se a eles com força coercitiva. Isso significa que há uma pressão social que faz com que os indivíduos se conformem com certas regras, costumes ou instituições, muitas vezes sem perceber. Essa coercitividade é evidente, por exemplo, nas punições formais e informais a quem desrespeita as normas sociais.

Considerando essa perspectiva, qual das alternativas apresenta uma situação concreta em que o fato social age de forma coercitiva?

• Um artista decide pintar uma obra abstrata para expressar sua criatividade, sem considerar críticas externas.

• Um cidadão opta por morar isolado na floresta para fugir da convivência social.

• Um trabalhador pede demissão por vontade própria e muda de carreira.

• Um estudante é excluído do grupo de amigos por não seguir o estilo de vestimenta comum entre seus colegas.

• Um grupo religioso escolhe seguir suas próprias regras, diferentes daquelas da sociedade dominante.

5. (ENEM – Sociologia)
   Ao propor que os fatos sociais devem ser tratados como “coisas”, Durkheim estabelece uma distinção fundamental entre a Sociologia e o senso comum. Para ele, o sociólogo deve deixar de lado suas pré-noções e tratar os fenômenos sociais com objetividade, utilizando métodos sistemáticos de investigação, assim como nas ciências naturais. Essa orientação metodológica visava garantir a cientificidade da Sociologia.

Dessa forma, a exigência de "tratar os fatos sociais como coisas" significa:

• Considerar os fenômenos sociais como subjetivos e interpretativos, já que cada indivíduo os experimenta de forma única.

• Negar a existência da sociedade como entidade objetiva, focando apenas nas experiências individuais.

• Rejeitar completamente a influência das instituições sociais, valorizando apenas os sentimentos humanos.

• Adotar explicações religiosas e morais como fundamento para a análise dos comportamentos coletivos.

• Estudar os fenômenos sociais com distanciamento crítico, reconhecendo sua exterioridade e coercitividade, como objetos empíricos.

A teoria dos Fatos Sociais exige que é necessário existir um grupo de pessoas, dessa forma, o fato social não existe para um indivíduo isolado, dessa forma é coletivo. O fato social possuí três características, quais são elas?

• Teológico, metafísico e positivo.

• Tradicional, afetiva e racional.

• Tradicional, carismática e burocracia.

• Generalidade, exterioridade e coletividade.

• Generalidade, coercitividade e exterioridade.

Segundo Émile Durkheim, os fatos sociais constituem o objeto da Sociologia. Eles devem ser tratados como "coisas" para que se alcance uma análise científica da sociedade.
Sobre essa concepção, é correto afirmar que:                  

• Os fatos sociais são expressões da liberdade individual, manifestando-se por meio da espontaneidade e da criatividade dos sujeitos.

• São fenômenos subjetivos, cujo estudo exige empatia e interpretação pessoal.

• Referem-se a comportamentos coletivos que se impõem aos indivíduos, independentemente da vontade pessoal, possuindo um caráter coercitivo.

• Dizem respeito apenas às normas jurídicas e, portanto, limitam-se ao campo do Direito.

• São construções sociais que se aplicam exclusivamente a contextos históricos específicos e não possuem valor científico.

Sobre os fatos sociais segundo Émile Durkheim, assinale a alternativa correta:

• São ações individuais baseadas na liberdade de escolha, sem influência da coletividade.

• Caracterizam-se pela coercitividade, exterioridade e generalidade dentro da sociedade.

• Correspondem exclusivamente às leis e normas jurídicas impostas pelo Estado.

• São fenômenos exclusivamente materiais, sem relação com valores e crenças.

• Representam apenas os comportamentos desviantes que fogem da norma social.

Cite e explique as três características presentes na teoria dos Fatos Sociais de Émile Durkheim.

Durante a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII, transformações significativas ocorreram na forma de produção, nas relações de trabalho e na organização social. O advento das máquinas, aliado à produção em larga escala, promoveu a urbanização acelerada e a concentração de trabalhadores em fábricas. No entanto, essa nova realidade trouxe também inúmeros desafios, como a precarização das condições de trabalho e o surgimento de novos conflitos sociais.

Com base no contexto acima, um dos principais efeitos sociais da Revolução Industrial foi:

• o fortalecimento das corporações de ofício e do trabalho artesanal como forma de resistência ao avanço tecnológico.

• a valorização da mão de obra qualificada e a consequente diminuição das desigualdades salariais entre patrões e operários.

• a criação de sindicatos patronais voltados exclusivamente à defesa dos direitos da burguesia industrial.

• o aumento da exploração da força de trabalho, com jornadas extensas, baixos salários e condições insalubres, o que fomentou a organização de movimentos operários.

• a diminuição das tensões sociais graças à implementação imediata de leis trabalhistas protetivas e ao acesso igualitário aos meios de produção.

A Revolução Francesa (1789–1799) é considerada um marco na história ocidental, não apenas pela derrubada da monarquia absolutista e o fim dos privilégios da nobreza, mas também pela disseminação de ideais iluministas como liberdade, igualdade e fraternidade. Os eventos revolucionários foram impulsionados por uma grave crise econômica, pela insatisfação da burguesia e pelo agravamento da miséria popular.

Nesse contexto, a Revolução Francesa representou:

• a superação do Antigo Regime e a abertura para novas formas de organização política pautadas nos direitos civis e no protagonismo da burguesia.

• a restauração dos valores medievais como resposta à crise da modernidade e ao individualismo burguês.

• a consolidação de um regime teocrático baseado nos princípios da moral cristã e na autoridade papal.

• a reafirmação do absolutismo real como única forma legítima de governo capaz de manter a ordem.

• a negação completa dos princípios do Iluminismo e a revalorização da hierarquia tradicional entre as ordens sociais.

A introdução de máquinas movidas a vapor e a organização fabril alteraram profundamente o sistema produtivo a partir da segunda metade do século XVIII. Essas mudanças possibilitaram um crescimento significativo da produtividade e impulsionaram a acumulação de capital. A Revolução Industrial consolidou o capitalismo industrial e redefiniu as relações entre capital e trabalho.

Considerando o processo acima descrito, pode-se afirmar que:

• a mecanização industrial promoveu uma maior autonomia dos trabalhadores, que passaram a controlar os meios de produção.

• o sistema fabril substituiu progressivamente a produção artesanal e familiar, centralizando o trabalho sob a lógica da maximização do lucro.

• a Revolução Industrial extinguiu o trabalho infantil e promoveu a igualdade salarial entre homens e mulheres nas fábricas.

• a modernização da indústria foi acompanhada de políticas públicas de bem-estar social universais e imediatas, garantindo qualidade de vida para todos os trabalhadores.

• a consolidação do capitalismo industrial implicou o fortalecimento da aristocracia rural e a manutenção do feudalismo nas zonas urbanas.