2ºANO HIST / AV2 2ºBIM QUIZ - REVOLUÇÃO FRANCESA

Com base nas interpretações dos autores, assinale a alternativa que melhor expressa o sentido histórico atribuído à Revolução Francesa.

• A Revolução foi um evento repentino e essencialmente político, marcado pela substituição violenta de um regime por outro, sem consequências duradouras nas estruturas sociais.

• A Revolução Francesa representou um momento isolado e desconectado das transformações econômicas e culturais que ocorreram na Europa desde o século XVI.

• A Revolução foi um fenômeno complexo e de longa duração, marcado por transformações econômicas, sociais, culturais e políticas que culminaram na ascensão da burguesia e na reconfiguração da legitimidade do poder.

• A Revolução Francesa, embora significativa, restringiu-se a mudanças institucionais superficiais, mantendo intactas as hierarquias sociais herdadas do feudalismo.

• A Revolução Francesa foi impulsionada apenas por fatores econômicos, como a crise financeira do Estado francês e o aumento dos preços dos alimentos.

Com base no fragmento abaixo, é correto afirmar que, para Tocqueville, a Revolução Francesa:

“A Revolução Francesa não teve por efeito apenas mudar o governo, mas abolir a antiga forma da sociedade; teve de atacar simultaneamente todos os poderes estabelecidos, arruinar todas as influências reconhecidas.”

• Representou uma ruptura meramente política, limitada à substituição da monarquia por um novo regime governamental.

• Conservou os fundamentos da sociedade feudal, modificando apenas os ocupantes do poder.

• Teve como consequência a manutenção das estruturas sociais, sem mudanças significativas.

• Aboliu a antiga forma da sociedade, atacando todos os poderes estabelecidos e arruinando todas as influências reconhecidas.

Analise os fragmentos de texto:

Com base nas análises dos autores, assinale a alternativa que melhor sintetiza as causas da Revolução Francesa.

• A Revolução foi provocada exclusivamente pela fome e pela miséria, sem envolvimento das elites ou influência de crises políticas.

• A insatisfação popular surgiu apenas de fatores ideológicos, sem relação direta com as condições materiais ou econômicas.

• A crise que levou à Revolução resultou da combinação entre fatores estruturais — como a rigidez do sistema político — e fatores imediatos — como a escassez de alimentos e a carestia.

• O colapso da monarquia poderia ter sido evitado com reformas administrativas pontuais e empréstimos financeiros bem geridos.

• A Revolução ocorreu por influência estrangeira e ideias iluministas importadas, sendo a crise interna apenas um pretexto.

Sobre O Terror na Revolução Francesa segundo Hugh Gough: “O Terror não foi simplesmente uma aberração ou um desvio da revolução, mas uma resposta às ameaças internas e externas que pareciam colocar em risco todo o processo revolucionário.” GOUGH, Hugh. O Terror na Revolução Francesa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2000, p. 89.

Com base no trecho acima, é possível afirmar que, para Hugh Gough, o período do Terror:

• Representou uma ruptura completa com os ideais da Revolução, motivada exclusivamente pelo autoritarismo dos jacobinos.

• Foi um episódio irracional e isolado, desprovido de justificativa dentro do processo revolucionário.

• Constituiu uma estratégia deliberada de repressão das classes populares e fortalecimento da

• Deve ser interpretado como uma resposta político-estratégica às ameaças que colocavam em risco a continuidade da Revolução.

• Foi um erro histórico sem conexão com os contextos internos e externos da época.

O Iluminismo e a crise do absolutismo segundo Koselleck: “A crítica iluminista ao absolutismo continha em si mesma o germe da crise revolucionária, ao criar um espaço público de contestação política que o Estado não podia mais controlar.”

KOSELLECK, Reinhart. Crítica e Crise: uma contribuição à patogênese do mundo burguês. Rio de Janeiro: EDUERJ/Contraponto, 1999, p. 88.

Com base na análise de Koselleck, assinale a alternativa que melhor expressa a relação entre o Iluminismo e a Revolução Francesa:

• O Iluminismo reforçou o absolutismo ao propor a centralização do poder real e a contenção das liberdades individuais.

• A difusão das ideias iluministas criou novas formas de crítica ao poder, rompendo com o monopólio da autoridade estatal e alimentando o surgimento de movimentos revolucionários.

• A crítica iluminista foi rapidamente absorvida pelo Estado absolutista, impedindo que houvesse qualquer ruptura política.

• O Iluminismo não teve influência sobre a Revolução Francesa, pois suas ideias eram apenas abstratas e filosóficas, distantes da prática política.

• A contestação promovida pelos iluministas restringiu-se aos círculos aristocráticos e não alcançou as camadas populares.

O legado simbólico da Revolução Francesa segundo Hobsbawm: “Durante duzentos anos, a Revolução Francesa tem sido o paradigma de todas as revoluções subsequentes, o modelo com o qual todas as outras são comparadas e julgadas.” HOBSBAWM, Eric J. Ecos da Marselhesa: dois séculos reveem a Revolução Francesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 21.

A partir da interpretação de Hobsbawm, é correto afirmar que:

• A Revolução Francesa foi uma experiência isolada, sem relevância simbólica ou prática para os movimentos políticos posteriores.

• A Revolução foi uma ruptura breve que logo foi superada por modelos mais modernos de transformação política e social.

• O impacto da Revolução Francesa foi apenas local, restrito à política interna da França nos séculos XVIII e XIX.

• A Revolução Francesa tornou-se um referencial histórico e simbólico para os processos revolucionários posteriores, servindo como modelo e padrão de comparação.

• A importância da Revolução Francesa se restringe ao seu papel como evento militar na queda do absolutismo europeu.

A influência da Revolução Francesa nos movimentos sociais europeus: "Os movimentos camponeses e operários na Inglaterra, embora diferentes dos franceses, foram profundamente influenciados pelo exemplo da Revolução Francesa e seu ideal de justiça social." HOBSBAWM, Eric J.; RUDÉ, George. Capitão Swing: um estudo sobre os levantes rurais ingleses em 1830. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982, p. 183.

Com base na citação, é correto afirmar que:

• A Revolução Francesa não teve repercussões fora da França, sendo um fenômeno restrito à luta contra o absolutismo francês.

• Os ideais da Revolução Francesa inspiraram outros movimentos populares na Europa, mesmo em contextos diferentes, como os levantes rurais e operários ingleses.

• Os movimentos camponeses e operários ingleses rejeitaram completamente os princípios da Revolução Francesa, por sua natureza elitista e urbana.

• A influência da Revolução Francesa se limitou ao continente europeu, sem impacto sobre outras nações industrializadas.

• Os levantes ingleses foram motivados apenas por fatores econômicos, sem relação com ideais políticos ou sociais de justiça.

A Revolução Francesa e sua recepção no Brasil colonial: "As ideias liberais e republicanas da Revolução Francesa chegaram ao Brasil filtradas pela experiência portuguesa e pela realidade colonial escravista, gerando apropriações e adaptações específicas." MOTA, Carlos Guilherme. A Revolução Francesa e seu impacto na América Latina. São Paulo: Nova Stella Editorial, 1989, p. 76.

A partir da análise do autor, assinale a alternativa correta:

• As ideias da Revolução Francesa foram rejeitadas no Brasil por serem incompatíveis com a tradição ibérica absolutista.

• Os princípios da Revolução Francesa chegaram ao Brasil intactos, sendo aplicados de forma imediata e sem resistência.

• As ideias revolucionárias foram apropriadas no Brasil de forma crítica e adaptada, condicionadas pelas estruturas coloniais e escravistas vigentes.

• A influência da Revolução Francesa limitou-se às elites intelectuais portuguesas, sem impacto nos movimentos brasileiros.

• A Revolução Francesa não teve qualquer relevância para o processo de independência ou formação política na América Latina.

A Conjuração Baiana e a apropriação popular das ideias revolucionárias: “A Conjuração Baiana de 1798 revela como as ideias revolucionárias francesas foram apropriadas pelos segmentos populares urbanos, incluindo negros e mulatos livres, que as adaptaram à realidade colonial brasileira.” COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Editora UNESP, 2010, p. 38.

Com base na análise da autora, é correto afirmar que:

• A Conjuração Baiana foi um movimento exclusivamente da elite letrada, sem participação popular nem influência externa.

• As ideias da Revolução Francesa foram rejeitadas no Brasil por não se aplicarem à realidade de uma colônia escravista.

• O movimento de 1798 demonstrou como os ideais de liberdade e igualdade foram reinterpretados por setores populares, que os integraram às suas lutas contra a opressão social e racial.

• A Conjuração Baiana buscava apenas melhorias salariais, sem nenhuma conexão com ideias políticas mais amplas ou com a Revolução Francesa.

• A influência francesa se restringiu ao campo filosófico e não teve impacto prático nas ações dos movimentos sociais brasileiros.

A atualidade das promessas da Revolução Francesa segundo Bensaïd: “As reivindicações sociais e políticas da Revolução Francesa permanecem inacabadas. O projeto de uma sociedade onde a liberdade não sirva de máscara para a opressão econômica, onde a igualdade não seja apenas formal, mas real, e onde a fraternidade não seja apenas um slogan, mas uma prática cotidiana de solidariedade, continua a ser o grande desafio das democracias contemporâneas.”

BENSAÏD, Daniel. Os Despossuídos: Karl Marx, os ladrões de madeira e o direito dos pobres. São Paulo: Boitempo, 2017, p. 342.

Com base na citação acima, é correto afirmar que:

• As democracias modernas já concretizaram plenamente os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, conforme estabelecido pela Revolução Francesa.

• O legado da Revolução Francesa tornou-se obsoleto frente aos novos desafios do século XXI.

• A crítica de Bensaïd destaca que, embora formalmente defendidos, os ideais revolucionários ainda não foram plenamente realizados nas práticas sociais, políticas e econômicas contemporâneas.

• A igualdade e a fraternidade foram valores abandonados após a Revolução Francesa, restando apenas a liberdade como princípio democrático atual.

• O texto defende que a Revolução foi um fracasso total e que seus ideais devem ser substituídos por outros modelos de organização política.