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1.
MULTIPLE CHOICE QUESTION
30 sec • 1 pt
Leia o texto abaixo.
Pai não entende nada
A filha de 14 anos chega para o pai e diz:
– Pai, preciso comprar um biquíni novo.
– Mas filha, você comprou um biquíni no ano passado.
– Ah pai, quero um biquíni novo.
– Filha, teu biquíni é novo. E você nem cresceu tanto assim.
– Mas eu quero pai.
– Tá bom, filha. Pegue esse dinheiro e compre um biquíni maior.
– Maior não, pai. Menor.
Pai não entende nada mesmo!
Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2020/06/cronica-pai-nao-entende-nada-luis.html. Acesso em: 13 jan. 2025.
O objetivo dessa crônica é
a. informar algo.
b) produzir humor.
c. argumentar sobre um ponto de vista.
d. descrever uma cena.
2.
MULTIPLE CHOICE QUESTION
30 sec • 1 pt
02. Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as que forem falsas, de acordo com o texto.
( ) O verbo “crescer”, enunciado pela filha, tem seu significado associado, principalmente, às transformações psicossociais ligadas à transição da infância para adolescência.
( ) Por ter crescido, a filha não se contenta com o biquíni antigo por uma questão meramente quantitativa: pelo consumismo adolescente, que deseja comprar mercadorias, muitas vezes idênticas, apenas pelo prazer de comprar.
( ) O verbo “servir”, usado no discurso da filha tem a ver com gosto, preferência..
( ) As diferentes e distintas visões do pai e da filha, tanto em relação ao gênero, quanto à idade, contribuem para a construção do efeito humorístico do texto. A sequência correta é
F - V - V - F
a) V - F - V – V
b) F - F - F - V
c) V - F - F- V
d) F - V - V - F
3.
MULTIPLE CHOICE QUESTION
30 sec • 1 pt
Leia o texto para responder às questões
– Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever uma semana inteira sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar! E meu amigo falou da água, telefone, Light em geral, carne, batata, transporte, custo de vida, buracos na rua, etc. etc. etc. Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu for ficar rezingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler? Acho que o leitor gosta de ver suas queixas no jornal, mas em termos.
Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um senhor maduro duram pouco. São caprichos de certa fase. Mas que importa? Esse carinho me faz bem; eu o recebo terna e gravemente; sem melancolia, porque sem ilusão. Ele se irá como veio, leve nuvem solta na brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas de meu crepúsculo.
E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão – e seus tradicionais buracos.
(Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana. Disponível em: https://arteemanhasdalingua.blogspot.com)
3- Na crônica, o narrador pode ser identificado como:
A) Um observador externo que apenas relata os fatos.
B) Um personagem que reflete sobre suas experiências pessoais.
C) Uma figura onisciente que descreve pensamentos de outros personagens.
D) Um narrador que se posiciona como crítico social, sem envolvimento pessoal.
4.
MULTIPLE CHOICE QUESTION
30 sec • 1 pt
4- No trecho: “Mas se eu for ficar rezingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler?”, a conjunção “mas” indica uma relação de:
A) oposição
B) explicação
C) causa
D) condição
5.
MULTIPLE CHOICE QUESTION
30 sec • 1 pt
Leia o texto abaixo.
FURTO DE FLOR
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor. Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição.
Quantas novidades há numa flor se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer. Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara.
O porteiro estava atento e repreendeu-me:
Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. Disponível em: https://www.tudosaladeaula.com/2021/10/interpretacao-de-texto-cronica-furto-de-flor-8o-ano-9o-ano-com-gabarito/. Acesso em: 13 jan. 2024.
5- No trecho: “Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz.”, o ponto final após a palavra "água" produz o sentido de
A) sugerir continuidade imediata do raciocínio.
B) indicar uma pausa reflexiva, marcando a mudança de pensamento.
C) criar surpresa e ênfase na emoção do narrador.
D) transmitir dúvida sobre a ação realizada.
6.
MULTIPLE CHOICE QUESTION
30 sec • 1 pt
6- Ao final da frase produz o sentido de
A) surpresa e indignação do porteiro.
B) dúvida sobre a atitude do personagem.
C) interrupção abrupta do diálogo.
.
D) ênfase na tristeza do narrador
7.
MULTIPLE CHOICE QUESTION
30 sec • 1 pt
Felicidade Clandestina – Clarice Lispector
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”.
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser. ”Entendem? Valia mais do que me dar o livro: pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
7) No desenvolvimento do conto “Felicidade Clandestina”, de Clarice Lispector, qual é o trecho que confirma o foco narrativo em primeira pessoa?
A) “Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer.”.
B) “(...) devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa.”.
C) “Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o.”.
D “Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.”.
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