Um olhar para além dos sentidos
Em dias ensolarados é muito gostoso caminhar
pelo campus da universidade onde trabalho [...] para
sentir o calor do Sol, observar árvores verdinhas, sentir
o perfume das flores e ouvir os pássaros que cantam
nas ruas do campus.
Essas agradáveis sensações, percebidas pelos
nossos sentidos, modificam nossos sentimentos e
provocam diversas reações.
A percepção que temos do mundo à nossa volta
é decorrente do contato sensorial. Tudo que é
percebido pelos nossos sentidos faz com que
construamos uma percepção da realidade. Mas os
nossos sentidos, embora muito desenvolvidos,
percebem apenas uma parte do mundo à nossa volta.
[...]
As sensações que temos são interpretadas pelo
cérebro e criam diversas reações, como de paz e
tranquilidade, na situação descrita acima; ou de medo
e apreensão, se estivermos em lugares sujos e escuros.
Entretanto, cada pessoa reage aos mesmos estímulos
de maneira completamente diferente.
Nossos sentidos funcionam em determinadas
regiões do nosso corpo a partir de estímulos que
recebemos do meio ambiente. Eles são baseados em
“sensores” muito sofisticados que foram
desenvolvidos ao longo de milhões de anos, fruto da
evolução.
Cada um deles foi se transformando devido aos
estímulos do meio ambiente, favorecendo as
configurações mais adaptadas aos desafios impostos
pelo meio. Estamos aqui hoje graças ao sucesso do
nosso projeto. Ele foi vencedor na concorrência
imposta pela natureza.
O nosso olhar para o mundo é influenciado,
portanto, pelas nossas experiências, e as nossas
experiências são afetadas pelas sensações que nossos
sentidos captam. Esse retorno contínuo é de
fundamental importância para o nosso
desenvolvimento. Tanto os sensores (sentidos) como
as sensações (interpretações) são responsáveis por
isso. O resultado disso é sempre um individuo único
com as suas visões particulares do mundo.
Qual é o trecho desse texto em que há uma relação de
causa e consequência?