revisao 3° bimestre prova paulista

A pintura retrata a cerimômia de coroação de D. Pedro II como imperador do Brasil, ocorrida em 18 de julho de 1841. A posse de Pedro II ocorre em uma circunstância atípica, tanto que o processo político que levou à sua coroação e ao consequente fim do período regencial ficou conhecido como “golpe da maioridade”. A partir da análise da imagem e de seus conhecimentos sobre este processo, assinale a alternativa correta.

• A) O golpe foi uma ilegalidade e um movimento político secreto, de bastidores, para que a população não tomasse consciência.

• B) D. Pedro II, apesar da pouca idade, já tinha muito poder político, articulando sozinho sua coroação.

• C) Não há motivos para chamar o processo de “golpe”, já que a lei sempre previu que D. Pedro II deveria ser imperador.

• D) Ocorre uma manobra política que declarou o jovem Pedro II como apto para assumir o trono mesmo menor de idade.

Os fatos de D. Pedro II ser muito jovem quando assumiu a coroa (como demonstra a pintura) e de ser colocado no trono ainda menor de idade (contrariando a Constituição de 1824) indicam que havia questões políticas e sociais graves no período regencial que levaram à manobra do golpe da maioridade. Sobre o contexto político que levou à coroação do “rei menino” D. Pedro II, assinale as alternativas corretas.

• A) No fim da regência havia um amplo apoio popular a D. Pedro II e um clima de paz social no país.

• B) Havia movimentos de apoio a D. Pedro II, como o chamado Clube da Maioridade.

• C) O clima de tensão gerado pelas revoltas colaborou para que a coroação de Pedro II fosse tida como uma tentativa de pacificação.

• D) O parlamento foi o maior ponto de resistência, já que os conservadores foram radicalmente contrários ao golpe.

Analise se são verdadeiras ou falsas as afirmações abaixo sobre o contexto histórico e as causas da Guerra dos Farrapos:

I. A província do Rio Grande do Sul era pouco integrada com o resto do império, contribuindo para a falta de um senso de pertencimento dos gaúchos ao império.

II. A questão econômica foi importante causa da revolta, já que os produtores de gado da província entendiam que o império não apoiava a economia do gado na província, privilegiando outras regiões e até países.

III. A centralização política do império também era um fator de descontentamento das elites sul-rio-grandenses, que queriam mais autonomia política na província.

IV. A província do Rio Grande do Sul nunca fez parte do império, por isso seus habitantes e as elites queriam uma revolução somente para formalizar a separação.

Agora, assinale a alternativa correspondente.

• V - V - F - F.

• V - F - V - F.

• V - V - V - F.

• F - V - V - F.

O Período Regencial foi um momento de agravamento das tensões políticas. Assinale as alternativas que demonstrem corretamente eventos e questões específicas desse período que também possam ser relacionadas às causas da revolta. 

• A) Os revoltosos entendiam que, mesmo durante as regências, privilégios econômicos e políticos dos portugueses foram mantidos.

• B) A regência foi, para os revoltosos, um período em que o Brasil não tinha governo e, por isso, não ajudava a província.

• C) Atitudes dos governos regenciais, como a suspensão do Ato Adicional, causavam descontentamentos.

• D) As propostas de separação de certas províncias feitas pelos governos regenciais enfureceram os revoltosos.

O texto anterior é um trecho da nossa primeira constituição enquanto país independente. Os artigos nele contidos dizem respeito à relação entre os quatro poderes que foram estabelecidos pela nossa carta constitucional (executivo, legislativo, judiciário e moderador). Identifique a qual dos poderes se referem as funções e as atribuições determinadas pelos artigos.

• A) Poder Judiciário.

• B) Poder Executivo.

• C) Poder Legislativo.

• D) Poder Moderador.

A criação do Poder Moderador por d. Pedro I na Constituição de 1824 determina a maneira como o poder político será exercido, ou seja, quais os espaços de atuação e os poderes políticos na estrutura do recém formado Império do Brasil. Uma importante característica da estrutura política do Império brasileiro seria:

• A) A harmonia e o equilíbrio entre os três poderes do império (executivo, legislativo e judiciário);

• B) A centralização do poder político na figura do imperador;

• C) A inexistência de qualquer outro poder político além do Poder Moderador.

• D) A plena participação política de todos os setores da sociedade da época .

Leia o trecho:

Nessa época não era incomum assistir a procissões, participar de rituais, cerimônias emocionais nos teatros das cortes ou de manifestações pelo fim da escravidão, que perdia em eficácia e aceitação. Por mais que o governo tentasse recorrer a táticas “reformistas” — como a promulgação da Lei dos Sexagenários —, o resultado começava a ser o oposto. E os ataques vinham de todo lado, isso sem falar das rebeliões escravas que estouravam nos quatro cantos do país.

SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 307.

A respeito desse trecho, ele:

• a) evidencia a grande pressão social que a monarquia enfrentou, na década de 1880, pelo fim da escravidão e ressalta que a luta dos escravos também teve peso importante nisso.

• b) sugere que as propostas reformistas da monarquia conseguiram enfraquecer o abolicionismo.

• c) ressalta que, embora as revoltas dos escravos fossem frequentes, a população seguia apoiando em massa a manutenção da escravidão.

• d) afirma que as disputas políticas entre liberais e conservadores eram o grande fator que motivava a causa abolicionista.

• e) Todas as respostas estão corretas.

“A Guerra chegara ao fim. As cidades, as vilas, as aldeias estavam despovoadas. Sobrevivera um quarto da população – cerca de duzentas mil pessoas – noventa por cento do sexo feminino. Dos vinte mil homens ainda com vida, setenta e cinco por cento eram velhos acima de sessenta anos ou garotos menores de dez anos. Os próprios aliados ficaram abismados com a enormidade da catástrofe, a maior sucedida num país americano” – Mânlio Gancogni e Ivan Boris.

O texto refere-se ao conflito externo em que se envolveu o Império Brasileiro, conhecido como a Guerra:

• a) da Cisplatina.

• b) do Chaco.

• c) de Canudos.

• d) do Paraguai.

• e) dos Farrapos.

Leia o seguinte trecho:
“A guerra exterminou quase uma geração de paraguaios, arrasou povoados, fortificações e hipotecou o futuro da arruinada nação”, escreveu o argentino Alejandro Maciel em "O Livro da Guerra Grande".

Assinale a alternativa incorreta:

• a) Após a vitória sobre o Paraguai, o Exército brasileiro ficou fortalecido, e a monarquia, enfraquecida.

• b) A guerra impôs ao Paraguai uma forte retração demográfica.

• c) O Exército brasileiro precisou formar o corpo de "Voluntários da Pátria" para a Guerra do Paraguai.

• d) O então presidente da Argentina, Bartolomeu Mitre, apoiou a intervenção brasileira no Uruguai.

• e) O Paraguai possuía indústrias e ferrovias, havia estatizado a economia e não dependia de recursos estrangeiros.

Leia os artigos 98 e 99 da Constituição do Império do Brasil, outorgada em 1824:

Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização Politica, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais Poderes Políticos.

Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolável, e Sagrada: Elle não está sujeito à responsabilidade alguma.

(Grafia original extraída de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm)

Conforme os artigos acima, o Poder Moderador:

• a) era equivalente aos outros Poderes políticos, embora fosse delegado ao Imperador, sendo que este estava sujeito ao controle da Assembleia.

• b) uma forma de tutela política sobre os outros poderes, exclusiva ao Imperador, que não poderia ser submetido a nenhum controle constitucional

• c) superior aos Poderes Políticos, mas exclusivo ao Poder Executivo, devendo ser utilizado para resolver conflitos no seio do Império.

• d) um modelo de organização política que viabilizava a Independência, considerada sagrada pela Constituição, e que tinha como função prática substituir o Poder Judiciário.

• e) Dava poderes para o Legislativo intervir nas ações tomadas pelo Imperador.