(UERJ)
“Eu era garotão ainda quando a Força Expedicionária Brasileira chegou à Itália. Passaram na minha cidade, porque foram de Salermo para Siena. Fazia parte do batalhão um cidadão italiano, que veio para cá pequenino e depois se naturalizou. O pai deste soldado tinha deixado uma filha pequena na Itália com um irmão que não conseguia ter filho nenhum. Então o rapaz sabia que tinha uma irmã em Paola, que ele não conhecia e que era criada por um tio. Pediu consentimento para os oficiais e chegou em Paola, chegou lá para conhecer a irmã. Não sabia nem falar italiano, só falava português. Ninguém entendia nada. Aí procuraram o meu pai, que falava bem o português e meu pai serviu de intérprete para ele poder conhecer a irmã.”
(Depoimento de Vicenzo Figlino – In: GOMES, A.C. (org). “Histórias de família entre a Itália e o Brasil”. Niterói: Muiraquitã, 1999.)
Uma das formas que o historiador utiliza para estudar uma época é recolher depoimentos de pessoas que viveram experiências no passado. O depoimento acima pode estar identificado por um tipo de memória ligado a um contexto histórico.
A alternativa que apresenta, respectivamente, a qualificação para este tipo de memória e uma referência relacionada ao depoimento é: