A DIEGESE E SUA RELAÇÃO COM A NARRATIVA

"Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro, enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis de rubis miudinhos davam cintilações escarlates."

De acordo com os gêneros textuais, a intenção do autor foi

• relatar sobre a manhã da personagem.

• relatar sobre a manhã da personagem.

• descrever aspectos da personagem e de suas ações.

• apresentar o principal jornal lido pela personagem.

• dissertar sobre a roupa utilizada pela personagem.

A diegese é um conceito bem antigo. Foi citada por Platão, mas difundida mesmo pelos estruturalistas franceses. A diegese é um dos principais conceitos aprendidos por quem escreve narrativas envolventes para o público. Estabelece-se assim, uma espécie de acordo entre narrativa e público, onde não existe descrença ou absurdo, pois a história apresenta seus próprios conceitos e leis.

A partir desse entendimento, a diegese pode ser entendida como

• uma realidade dentro de um universo fantasioso, enganado-nos pelos fatos apresentados na obra.

• um conceito de narratologia que diz respeito à dimensão real de uma narrativa.

• uma realidade que só se constrói a partir das experiências reais, vividas pelo ser humano.

• espaço e tempo onde as relações da narrativa se constroem e se tornam coerentes, ainda que falemos de um universo fantasioso.

• uma narratologia em que apenas o fantástico, o irreal se manifesta, equivalendo ao enredo.

“O incidente que se vai narrar, e de que Antares foi teatro na sexta-feira 13 de dezembro do ano de 1963, tornou essa localidade conhecida e de certo modo famosa da noite para o dia. (...) Bem, mas não convém antecipar fatos nem ditos. Melhor será contar primeiro, de maneira tão sucinta e imparcial quanto possível, a história de Antares e de seus habitantes, para que se possa ter uma ideia mais clara do palco, do cenário e principalmente dos personagens principais, bem como da comparsaria, desse drama talvez inédito nos anais da espécie humana.” (Fragmento do livro Incidente em Antares, de Erico Verissimo)

Assinale a alternativa que evidencia o papel do narrador no fragmento acima:

• O narrador tem senso prático, utilitário e quer transmitir uma experiência pessoal.

• É um narrador introspectivo, que relata experiências que aconteceram no passado, em 1963

• É um narrador neutro, que não deixa o leitor perceber sua presença.

• Fala de maneira exemplar ao leitor porque considera sua visão a mais correta

• Em atitude semelhante à de um jornalista ou de um espectador, escreve para narrar o que aconteceu com x ou y em tal lugar ou tal hora.

Acordei pela madrugada. A princípio com tranquilidade, e logo com obstinação, quis novamente dormir. Inútil, o sono esgotara-se. Com precaução, acendi um fósforo: passava das três. Restava-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria às cinco. Veio-me então o desejo de não passar mais nem uma hora naquela casa. Partir, sem dizer nada, deixar quanto antes minhas cadeias de disciplina e de amor. Com receio de fazer barulho, dirigi-me à cozinha, lavei o rosto, os dentes, penteei-me e, voltando ao meu quarto, vesti-me. Calcei os sapatos, sentei-me um instante à beira da cama. Minha avó continuava dormindo. Deveria fugir ou falar com ela? Ora, algumas palavras…Que me custava acordá-la, dizer-lhe adeus?

O personagem narrador, na iminência da partida, descreve sua hesitação em separar-se da avó. A relação diegética estabelecida com o narrador é

• heterodiegética.

• homodiegética.

• hiperdiegética.

• hipodiegética.

• autodiegética.

Para Viola Spolin, a prática do teatro exige um ambiente que favoreça a espontaneidade, pois é através dela, como forma de liberdade, que os atores podem romper com velhos quadros de referência e se abrir para a expressão criativa.

O conceito de "quebra da quarta parede" pode ser definido como"

• um conceito que expressa a barreira imaginária que separa o público/leitor dos atores/personagens.

• estudo de engenharia estrutural, que favorece a concepção do palco, contribuindo com a arte cênica dos atores.

• uma obra civil que objetiva potencializar a liberdade do artista em cena dramática.

• estudo arquitetônico do ambiente teatral, de forma a engrandecer a representação dos atores em cena.

• a arte de transferir ao público/leitor a responsabilidade de conduzir a narrativa.

Princípios novos ou que contradizem as leis da física, como viagem no tempo ou wormholes. Personagens alienígenas, mutantes, robóticos, holográficos, androides, bem como personagens que desafiem a evolução humana ou a própria definição do que significa ser humano.

Estamos nos referindo às narrativas

• de terror.

• fantásticas.

• futuristas.

• de ficção científica.

• psicológicas.

É um relato literário ficcional que visa provocar sentimentos de medo no leitor. Nesse sentido, apresenta histórias vinculadas às temáticas mais atemorizantes para os seres humanos, como a morte, as doenças, os crimes, as catástrofes naturais, os espíritos e as bestas sobrenaturais.

Estamos nos referindo às narrativas

• de terror.

• fantásticas.

• futuristas.

• de ficção científica.

• psicológicas.

Os textos são pautados numa realidade não lógica. Ou seja, a narrativa se desenrola num mundo irreal ou universo onírico, marcado pelo absurdo, a inverossimilhança e situações e ações extraordinárias.

Estamos nos referindo às narrativas

• de terror.

• fantásticas.

• futuristas.

• de ficção científica.

• psicológicas.

VOCÊ SABE CARACTERIZAR UM NARRATIVA FANTÁSTICA, UMA NARRATIVA DE TERROR E UMA NARRATIVA CIENTÍFICA?

• SIM

• NÃO

VOCÊ ENTENDEU O CONCEITO DE DIEGESE?

• SIM

• NÃO