Memorial do convento, de José Saramago

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A construção do Convento de Mafra deveu-se a uma promessa de D. João V, com o objetivo de

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assegurar um herdeiro.

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O gigantismo do palácio-convento traduz uma característica de D. João V,

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a megalomania.

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Para homenagear aqueles que construíram o convento e que a História não registou, Saramago:

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enumera simbolicamente um nome por cada letra do alfabeto.

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A relação entre D. João V e a rainha é de

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grande formalidade.

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Na metáfora/paradoxo "O cântaro está à espera da fonte", quem é a fonte e quem é o cântaro?

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o rei é a fonte e a rainha, o cântaro.

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A frase "O cântaro está à espera da fonte" é um exemplo de intertextualidade, estabelecendo uma relação com

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um conhecido provérbio popular.

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O estilo de Saramago distingue-se pela utilização de apenas dois sinais de pontuação,

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a vírgula e o ponto final.

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A "polifonia de enunciação" na escrita de Saramago traduz

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a possibilidade de haver várias vozes no mesmo enunciado.

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A expressão "Cristo (...) aqui não chegou, porque nesse caso teria no Alto da Vela o seu calvário" pretende

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exprimir a desmesura do sofrimento que a construção do convento implicou.

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No capítulo XVIII, o autor recria ironicamente versos do poema de Mensagem, "O Infante D. Henrique". A este processo de intertextualidade chamamos

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paródia.